Bacana reforça pedido para ações voltadas aos moradores de rua
A ressocialização dos moradores de rua é um dos desafios mais difíceis enfrentados pelos municípios. Tratam-se de pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de extrema pobreza, vínculos familiares interrompidos ou fragilizados, além de problemas com alcoolismo ou outros vícios. Em meio a essas condições, acabam encontrando nas ruas, um espaço de moradia e sustento.
Em Santo Antônio da Patrulha isto não é diferente. Na segunda-feira, dia 08 de novembro, foi tema de discussão na 40ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal, sobre as ações desenvolvidas pelo município e a complexidade deste problema.
O presidente da Casa Legislativa, João Luis Moreira (Bacana), encaminhou o Requerimento nº 902/2021 a secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (SMTDS) solicitando informações de quantas vagas existem no Albergue Morada da Liberdade, localizada na Rua João Pedroso da Luz nº 444, e sobre o período que cada acolhido pode permanecer na instituição.
“A grande maioria está de passagem e acaba ficando, devido à solidariedade das pessoas. Mas nós temos ainda um grande vilão que são as esmolas, o que dificulta ainda mais o trabalho para tirá-las das ruas”, comentou Bacana.
De fato, ir para um abrigo não é o desejo de todos que dormem nas vias públicas. As razões variam de reclamações sobre a estrutura física das casas à dificuldade de adaptação às regras destes locais. Para algumas pessoas, a grande rotatividade e a impossibilidade de estar junto a seus companheiros e animais também influenciam na decisão de ir ou não para esses alojamentos.
Para o vereador, o atendimento à população em situação de rua em Santo Antônio vai além da abordagem social, que acolhe pessoas que estão ao relento, oferecendo alternativas de abrigo, mas também poderiam incluir uma série de outros serviços, cujo objetivo final é possibilitar a retomada da autonomia e de condições dignas de vida, e não simplesmente ter casa, comida e roupas lavadas.
“As medidas paliativas são necessárias, mas é preciso criar portas de saída. Muitas pessoas acham que um prato de comida e uma cama resolve o problema do morador de rua. Não resolve. Mesmo projetos para proporcionar habitação fixa podem fracassar. Tem que ter um acompanhamento. Se faz curso de capacitação, é preciso pensar na empregabilidade. Se vai para uma casa fixa, no desenvolvimento da autonomia, da capacidade de sustento. Este processo é essencial”, finaliza Bacana.
Detalhes
Escrito por: Claudio Franken - Assessoria de Imprensa Categoria: Notícias Postado: 09/11/2021 Atualização: 09/11/2021 Acessos: 316