Marcelo pede providências à saúde municipal quanto ao crescente número de suicídios na cidade
Considerado uma questão de saúde pública, o suicídio não é um assunto incluído em debates sobre violência, mas sua ocorrência cresce como causa de morte no Brasil: entre 2000 e 2016, as taxas de suicídio aumentaram 73%, passando de 6.780 para 11.736, segundo dados do Ministério da Saúde.
Ciente do crescimento acelerado dessas taxas, o vereador Marcelo Gaúcho protocolou um Pedido Verbal de informações, no dia 19 de agosto, direcionado ao Executivo Municipal, para saber quais são as providências que o município está tomando a respeito dos suicídios que vem o ocorrendo na cidade, geralmente causados pela depressão. O número de suicídios vem aumentando de forma expressiva em Santo Antônio da Patrulha e é preciso que as autoridades se mobilizem contra isso.
Marcelo lembrou que, há alguns dias, participou de uma carreteada na localidade de Imbiruçu. Um amigo, morador daquela região, com cerca de 40 e poucos anos, participou ativamente do evento, com um sorriso largo no rosto e dias depois, atentou contra a própria vida. “A gente não sabe o que se esconde por trás de um sorriso. Às vezes, essa pessoa que sorri, tem uma mágoa enorme dentro do peito e ninguém sabe, pois ela guarda pra si esse sofrimento e, cansada de sofrer, toma essa decisão de acabar com a própria vida,” disse o vereador.
Segundo Gaúcho, o município deve que tomar sérias providências a respeito disso. “Talvez contratando mais profissionais na área psiquiátrica, ou buscar outra forma de auxílio para essas pessoas, mas é preciso montar um plano preventivo ou de tratamento para que isso não aconteça mais”, sugere.
Também poderia ser de grande valia a possibilidade de criar-se um grupo de ajuda anônimo, visto que muitas pessoas, em sua maioria homens, tem vergonha de buscar ajuda ou admitir que estão com a doença. Esta foi uma ideia, sugerida por uma patrulhense que se solidariza com a causa. Assim, esse grupo poderia ser uma boa alternativa de auxílio.
O vereador pondera que qualquer que seja a providência a ser tomada pela prefeitura deve ser feita logo, pois estas pessoas têm urgência e a demora na ajuda pode custar mais vidas.
Marcelo também citou o exemplo do município de Osório, que tem voltado atenção especial ao suicídio, um assunto ainda pouco discutido e que tem crescido entre as mais diferentes faixas etárias. Uma das ações já realizadas pela prefeitura de lá é o 1º Seminário Intersetorial de Promoção da Vida, Prevenção e Posvenção em Comportamento Suicida e Autolesivo, que tem o objetivo de discutir sobre essa importante política de saúde pública.
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Escrito por: Claudio Franken - Assessoria de Imprensa Categoria: Notícias Postado: 26/08/2019 Atualização: 26/08/2019 Acessos: 236